A importância da evolução tecnológica no agronegócio brasileiro

20 de agosto de 2019 3 mins. de leitura
Cada vez mais presentes no meio rural, agricultores apostam no uso de drones, robôs e aplicativos para otimizar a produtividade no campo

Com o crescimento do agronegócio brasileiro, que em julho de 2019 já contava com a participação de 25% no Produto Interno Bruto (PIB), o setor enfrenta desafios mais intensos, como concorrência internacional, problemas ambientais, demanda maior de alimentos por conta do crescimento populacional e preocupação crescente quanto ao uso de defensivos agrícolas.

Em resposta a tais situações, produtores rurais estão buscando soluções diversas no emergente mercado das AgTechs, também conhecidas como agritechs, que operam em diversas categorias, entre elas agricultura de precisão, robótica, Internet das Coisas (IoT) e gerenciamento empresarial. Um mapeamento realizado pela consultoria KPMG conferiu que atualmente existem 135 empresas com soluções tecnológicas para o agronegócio e cerca de 7 mil startups com o mesmo tipo de iniciativa.

Desde então, tratores sem motorista, drones sobrevoando plantações e sistemas de inteligência integrados ao maquinário estão se tornando cada vez mais comuns no cenário agrícola nacional, que antes dava exclusividade para a força de trabalho humana.

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Eficiência, funcionalidade e sustentabilidade

O uso de tecnologias facilita a tomada de decisões pelo produtor rural, reduz custos de mão de obra e de quantidade de agrotóxicos ou fertilizantes utilizados nas plantações. Algumas delas são multifuncionais, como o drone, que, além de pulverizar as plantações, executa telemetria, registra imagens da área e pode ser complementado por um sistema de GPS ou gerenciamento, colhendo e analisando dados pertinentes de plantio, solo, identificação e contenção de pragas, reduzindo gastos com produtos químicos, auxiliando no uso acertado de defensivos ou insumos e reduzindo gastos por conta da menor quantidade de reposição.

Softwares de gerenciamento ajudam o empreendedor rural a organizar documentações, informações financeiras e monitorar funcionários, frotas de veículos, maquinários, animais, irrigação e tempo de safra. Alguns programas têm como foco a integração de todos os sistemas, automatizando os processos e tornando possível a agricultura de precisão em conjunto com as outras tecnologias já mencionadas.

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60% da população rural têm acesso à internet, tornando mais real a possibilidade de uso de novas tecnologias que necessitem de conexão com a rede para sua operação. Uma boa opção a ser cogitada é a Internet das Coisas, que interliga objetos físicos ao meio digital, podendo, por exemplo, programar armadilhas para pragas e aspersores para funcionarem somente quando a terra está seca.

Assim, o mercado atual voltado para esse nicho conta com uma variedade enorme de utilidades, com preços acessíveis tanto para pequenos quanto para grandes produtores. E esse auxílio tecnológico é importante para que exista uma continuidade no progresso econômico e humano.

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Fontes: PIB do Agronegócio, Assets, Estadão.

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