Pesquisa da Embrapa pode alavancar queijos nacionais

12 de abril de 2019 2 mins. de leitura
Foco do estudo são as “boas bactérias” do Nordeste para a produção de queijos com aromas e sabores únicos
Queijos de cabra da Fazenda Taperoá. FOTO: Débora Pereira/SerTãoBras
“A nossa ideia foi dar condições para que fosse produzido no Nordeste um queijo 100% brasileiro, pois atualmente a maioria das queijarias artesanais trabalha com fermentos importados”, explica Antonio Egito, do Núcleo Regional Nordeste da Embrapa Caprinos e Ovinos, de Sobral, no Ceará.
O pesquisador já morou na França, onde se encantou pela preservação dos produtos de terroir, e de onde voltou com o sonho de viabilizar algo semelhante no Brasil. No Nordeste, Egito se uniu ao produtor de queijos Joaquim Dantas, da Fazenda Carnaúba, localizada no município de Taperoá, na Paraíba, para descobrir quais são as boas bactérias lácteas da região. “A surpresa foi descobrir também os efeitos medicinais dos queijos com os fermentos locais”, ressalta Joaquim. Professor Egito, Karina Olbrich (Embrapa) e Monica Tejo (UFCG) lideram um grupo de pesquisadores que tem trabalhado com intuito de validar microrganismos autóctones com potencial para fabricar novos tipos de queijos na Paraíba. Uma das vantagens de trabalhar com fermentos naturais, que contêm microrganismos selvagens do próprio território, é ver que o queijo pode ganhar notas, aromas e sabores únicos daquele lugar. Essas nuances não podem ser reproduzidas com “pacotinhos” de fermentos lácteos industriais (fabricados por multinacionais). Confira a íntegra da matéria de Débora Pereira para o Paladar – Estadão.  

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